quinta-feira, 21 de julho de 2011

Política em Aristóteles

Segundo Aristóteles "A comunidade de cidadãos (Koinonia politon) é comparada a uma comunidade de marinheiros numa embarcação. Em ambas ocorre uma divisão de funções, cuja combinação de dinamismo e ordem é necessária à segurança na viagem. Analogamente, os cidadãos, embora desiguais, têm como tarefa comum a segurança (asphaleia) da comunidade. Quanto `s pergunta sobre quem é cidadão, Aristóteles procede por eliminação de critérios. A residência no território é critério insuficiente poruqe estrangeiros e escravos também a podem possuir. A descendência materna ou paterna também não basta; coloca um problema de regressus ad infinitum; e os fundadores da cidade acabariam por não se enquadrar no critério. Assim, cidadão é, verdadeiramente, o que participa na vida política, através de funções deliberativas ou judiciais; e designa-se por cidade a multidão de tais cidadãos em número suficiente para alcançar a autarquia. Aristóteles exclui da cidadania as mulheres, as crianças, os anciãos que ultrapassaram um limite de idade, os estrangeiros residentes (metecos) e os escravos". Política. Aristóteles. Tradução: Pedro Constatin Tolens. Editora: Martin Claret. São Paulo, 2011, P. 19.
Share

0 comentários:

Postar um comentário